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Lexus NX 450h+
Um tiro certeiro que nos chega do japão
- Texto: Luís Alves
- Fotografia: Direitos Reservados
É um dos híbridos no mercado português que mais têm conquistado clientes em contexto empresarial.
Pelo facto de ser plug-in, beneficia de grandes vantagens. Mas o NX 450h+ tem vários argumentos fortes que vão para além das vantagens fiscais.
Qualidade de acabamentos e montagem, um design que não esconde a origem nipónica mas que pisca o olho ao consumidor europeu, um conjunto de motorizações que conseguem um balanço eficaz entre consumos e performance e ainda uma quantidade muito atrativa de equipamento disponível. Eis a proposta da Lexus para um segmento muito disputado pelas marcas e ainda mais procurado pelos clientes.
A história da Lexus no mercado português conta já com longos anos. A divisão de luxo da japonesa Toyota começou a conquistar clientes portugueses com alguma timidez, nos tempos iniciais, mas nos últimos anos tem recebido o reconhecimento do consumidor português. A qualidade superior, a fiabilidade intocável e as propostas apresentadas estão na origem desse sucesso que chega a 2025 em grande forma. Prova disso é a versão de facelift do best seller NX 450h+. O modelo mais vendido da marca na Europa tem bons argumentos que explicam os bons números de vendas. Comecemos pelo tipo de carroçaria: sports utility vehicle (SUV). Por si só não explica o sucesso mas ajuda consideravelmente. É o segmento de carros mais procurado na Europa, destronando vários outros que durante décadas foram líderes de vendas. Depois, a questão estética. A aposta da Lexus num design que cruza a raíz nipónica com o gosto europeu revelou-se certeira. A grelha frontal, rasgada, a mostrar irreverência; a traseira elegante e limpa; as dimensões q.b., sem ser demasiado pequeno nem demasiado grande.
No interior, a qualidade a que a Lexus habitou os clientes está ao melhor nível. Bons acabamentos, materiais muito agradáveis ao toque que prometem envelhecer bem e passar o crivo do tempo. Destaque para a insonorização irrepreensível, com o uso de vidros duplos na frente. Os puxadores das portas são curiosos e distintos e depois de entendido o funcionamento tornam-se práticos. O NX conta com o essencial detetor de ângulo morto que também está ao serviço no momento de abrir uma porta, ajudando o condutor ou o passageiro quando o carro está estacionado. Ainda no interior, não pode não ser destaque o generoso ecrã de 14 polegadas, ao centro, com uma ligeira inclinação para o lugar do condutor. Ali residem as principais funções do SUV da Lexus, com todo o infoentretenimento acessível. Nota positiva para o facto de a marca ter optado por deixar alguns botões físicos, de mais fácil acesso, como o desembaciamento do vidro traseiro ou do vidro da frente. O carro dispõe de Android Auto (por cabo) e Apple CarPlay para uma integração entre o carro e o smartphone. Tem também várias entradas USB e USB-C.
Motorização
Uma das grandes novidades nesta versão retocada do NX é a introdução de uma versão híbrida plug-in. O 450h+ tem um motor térmico de 2.5 l de cilindrada e quatro cilindros, bem conhecido de todo o grupo Toyota. Acoplado a este, surgem dois motores elétricos, um na dianteira, com 134 kW (182 cv), e outro mais atrás e mais pequeno com 40 kW (54 cv). A bateria que recebe a energia produzida tem 18,1 kWh de capacidade e está ao centro do veículo. Este esquema de motorizações permite uma autonomia máxima de 74 km (ciclo WLTP).
Na realidade do dia-a-dia, o NX 450h+ permite uma utilização muito suave, como, de resto, é apanágio deste tipo de motorizações híbridas. A autonomia elétrica é suficiente em contexto urbano e fora dele é um auxiliar ao motor de combustão.
No ensaio que tivemos oportunidade de fazer, conseguimos consumos muito aceitáveis tendo em conta a dimensão e sobretudo o peso do conjunto (cerca de duas toneladas). Em cidade, são vários os períodos em que o Lexus se desloca apenas movido pela energia acumulada na bateria. Fora da cidade, faz uma utilização mista entre energia elétrica e o motor a gasolina e em autoestrada, já depois de esgotada a bateria, o Lexus usa apenas a fonte térmica mas com uma eficiência assinalável, responsabilidade também da caixa e-CVT, habitual nas marcas japonesas, como a Toyota, Honda ou Nissan.
No ensaio que fizemos, já depois de ter esgotado a bateria, o Lexus conseguiu manter-se nos 7l/100, num ritmo normal.
Apesar de ser um SUV, a verdade é que o NX mostra um comportamento muito equilibrado em toda a extensão de contextos. Confortável, com um acerto de suspensão que lhe permite um comportamento dinâmico muito interessante.
Os modos de condução podem variar entre o Eco, Normal e Sport e a caixa de velocidade e-CVT também tem um modo Sport. Se ambos os modos Sport estiverem combinados, podemos até esquecer por momentos que estamos ao volante de um SUV porque a resposta do Lexus é muito animada.
Ainda na estrada, nota positiva para o sistema de cruise control adaptativo com radar que deteta os carros à volta e assume decisões pelo condutor, como travar ou acelerar. Este sistema, associado à deteção de linhas delimitadoras daa faixas, permite uma condução em autoestrada muito tranquila. O cruise control funciona também em contexto urbano ou a baixa velocidade para alertar e evitar pequenos acidentes, que representam uma percentagem considerável de todo o tipo de acidentes.
Uma nota menos positiva mas que se prende com o facto de o modelo já ter sido lançado há algum tempo tem que ver com os gráficos usados no ecrã central, junto ao velocímetro, que podem parecer já um pouco datados, ainda que tenham toda a informação de acesso fácil.
A bagageira, com 545 litros (1.436 litros se os bancos traseiros forem rebatidos), é generosa e, ainda no interior, uma nota muito positiva, especialmente em dias de inverno, para os bancos dianteiros e volante aquecidos, com função auto, que acrescentam uma nota significativa de conforto. E sobre conforto, à imagem de outros modelos do mesmo segmento, quatro pessoas viajam com grande comodidade.
Pelo facto de ser um modelo híbrido e agora também plug-in, as condições das ofertas para empresas podem ser muito competitivas.
Ficha Técnica
Potência: 309 cv
Aceleração 0 – 100 km/h: 6,3 seg
Autonomia elétrica em ciclo combinado: 74 km
Preço: a partir de 74.430,00 €
Uma viagem, um livro e uma playlist ao volante do Lexus NX 450h+
Uma viagem
De oeste a leste, com o rio Douro a acompanhar. A Estrada Nacional 222 é para muitos uma das mais belas do mundo. Tem 226 km de extensão e liga o centro de Vila Nova de Gaia a Almendra, em Vila Nova de Foz Côa. Em 2015 tornou-se ainda mais famosa quando os “World Best Driving Road” elegeram-na como a melhor estrada do mundo para conduzir.
E a justificação tinha até uma fórmula matemática: a relação 11:1 foi a razão da escolha. Por cada onze segundos de reta, a N222 tem um segundo a curvar.
Fórmulas e prémios à parte, a N222 é, de facto, uma estrada imperdível, com incontáveis pontos de interesse do quilómetro um até ao quilómetro 226.
Um livro
Da autoria do jornalista Nelson Marques e com prefácio do chef brasileiro Alex Atala, “Chefs Sem Reservas – Terceiro Prato” promete ser uma viagem gastronómica global à boleia de alguns dos nomes mais importantes da cena gastronómica atual.
Ferran Adrià, Virgilio Martínez, Mauro Colagreco, Rui Paula ou António Bóia são alguns dos chefs que corporizam esta obra e que trazem todo um percurso de trabalho e sucesso para a obra de Marques. Numa
viagem pela N222, que pode ser facilmente gastronómica pela boa oferta existente, o livro “Chefs sem Reservas”, do Clube do Autor, pode ser uma boa companhia.
Uma playlist
Natureza, serenidade e inspiração japonesa. A tríade de ambientes musicais escolhidas para ouvir no Lexus NX 450h+.
Porque convida a grandes passeios por contextos naturais; porque a grande insonorização sugere momentos de paz; e ainda, por ser um carro desenhado e construído pela marca japonesa Lexus, duas propostas musicais nipónicas.
Nat King Cole, Nature Boy, Ananta, Celestial, Ryuichi Sakamoto, Merry Christmas, Mr. Lawrence Shinunoga E-Wa, Fujii Kaze
