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Branca, azul, verde, transparente... A província de Alicante é Costa Blanca, mas a paleta não se resume a praias de areia fina, mares cristalinos e céus cintilantes. Andámos à chuva pelas montanhas, a pé nos trilhos das falésias, parámos no tempo em aldeias medievais e no espaço em retiros de saúde. De sudeste de Espanha chegam bons ventos. E bons mandamentos.
Chovia muito. Segundo Paco, o motorista alicantino que nos deu boleia numa das cinco manhãs que passámos na Província, só uma vez nos seus 60 anos de vida choveu assim por aqui. Saímos na mesma, providos de vários “paraguas” e casacos impermeáveis, mas desprovidos das botas de caminhada que nos teriam poupado muitos pingos de lama nas calças. Saímos, ainda assim.
E percorremos os caminhos enlameados sem uma pinga de misericórdia. O que víamos merecia uma lavagem de roupa extra.
O Fabrice colocava a capa transparente sobre a câmara e continuava a pressionar o obturador. Lamentava-se da luz, pois claro; suspirava pelo que poderia ter sido a imagem daquela panorâmica de montanha sobre o mar, se o sol brilhasse… Mas o nosso objetivo não era retratar os níveis de azul que fazem desta parcela do Mediterrâneo um cartão-postal, nem percorrer os mais de duzentos quilómetros de praia desta Costa que é Blanca graças aos seus extensos areais de tons claros. Viemos em busca de saúde e não foi por acaso que começámos pelo Parque Natural Montgó.
A saúde começa no ar que respiramos. Este maciço com mais de dois mil hectares e 700 metros de altitude no ponto mais alto, é um dos 50 picos da Província, a segunda mais montanhosa de Espanha. Entre o cheiro da terra molhada e de alecrim e tomilho bem regados, o oxigénio é quase palpável, sente se a sua densidade a cada inspiração.
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