Tailândia aposta em turismo sustentável com rotas de baixo carbono
Iniciativa foi concebida para sensibilizar turistas, comunidades locais e empreendedores para a importância de práticas turísticas mais conscientes.
- Texto: Redação
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A Autoridade de Turismo da Tailândia (TAT) lançou 11 novas rotas de turismo de baixo carbono em várias regiões do país, desde Chiang Mai e Chiang Rai até Krabi e Phuket, reforçando o compromisso com a “mobilidade sustentável, práticas agrícolas orgânicas e alojamento com certificação verde”, em linha com as tendências globais.
Estas novas rotas foram concebidas para sensibilizar turistas, comunidades locais e empreendedores para a importância de práticas turísticas mais conscientes. Destacam-se os passeios de caiaque pelos mangais de Takua Pa e visitas a pé ao centro histórico de Phuket, com possibilidade de participar em workshops de culinária com ingredientes locais e sustentáveis.
As 11 rotas de viagem com baixo impacto carbónico cobrem todas as regiões da Tailândia.
No norte, destacam-se os percursos Chiang Rai–Phayao, Chiang Mai–Lampang e Uthai Thani–Nakhon Sawan.
Na região central, propõem-se as rotas Khon Kaen–Chaiyaphum, Kanchanaburi–Ratchaburi e Samut Songkhram–Samut Sakhon. No nordeste, estão disponíveis os itinerários Udon Thani–Nong Khai e Loei–Phetchabun.
Na região oriental, a rota sugerida liga Chanthaburi a Trat, enquanto no sudoeste se destacam os percursos Krabi–Surat Thani e Phuket–Phang-Nga.
Paralelamente estão a ser desenvolvidas iniciativas de turismo sustentável em várias regiões do país. Exemplos disso são a “Amazing Organic Trip”, que dá a conhecer comunidades como Mae Tha, onde se praticam técnicas de agricultura biológica há várias gerações, e a conservação marinha e turismo de base comunitária na aldeia de Bang Bang Rong, em Phuket, onde os visitantes podem explorar os ecossistemas locais e aprender sobre a preservação de ervas medicinais.
O país também está a investir em transporte elétrico e infraestruturas de carregamento, com o objetivo de que 30% dos veículos produzidos até 2030 sejam elétricos e de atingir emissões zero até 2035.
O alojamento está a acompanhar esta transformação com o sistema de certificação STAR (Sustainable Tourism Acceleration Rating), que avalia hotéis e atrações com base no cumprimento dos 17 Objetivos de Turismo Sustentável da ONU, atribuindo classificações entre três e cinco estrelas. Esta medida incentiva as empresas a adotarem práticas mais ecológicas e oferece aos turistas um critério de escolha. Em Phuket, a Fundação para o Desenvolvimento do Turismo Sustentável está a promover ativamente estas certificações e estabeleceu como meta tornar o centro histórico da ilha neutro em carbono até 2030.
Mercado português em crescimento contínuo
Este reposicionamento da Tailândia surge numa altura em que os viajantes portugueses demonstram um interesse crescente pelo destino do Sudeste Asiático. Segundo os dados mais recentes da TAT, o número de turistas portugueses aumentou 18,4% até abril de 2025. No total, o país acolheu 54 790 visitantes portugueses em 2024, um crescimento de 33% face ao ano anterior, ultrapassando inclusive os valores de 2019, pré-pandemia, quando foram registados 52 042 turistas portugueses. Para 2025, a TAT estima ultrapassar a marca dos 60 mil visitantes portugueses.
Desde o início do ano, a Tailândia já recebeu mais de 14 milhões de visitantes internacionais, reforçando a sua posição entre os destinos mais procurados a nível mundial. Até ao final do ano são esperados cerca de 40 milhões de turistas.