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A atmosfera de um hotel não é um dado físico ou científico que possamos medir ou quantificar. Existe ou não. Entrar no Reid’s é ser personagem de um romance onde não faltam heróis e jardins encantados, como se descobríssemos o outro lado do espelho. Se olharmos para a história recente, este foi um dos últimos hotéis no mundo a abandonar o dress code black tie para o jantar, o que diz muito sobre a tal atmosfera. O gosto inglês, o chá na varanda, o toque dos tecidos, o cheiro, a brisa morna que entra na janela e nos lembra, a cada momento, a tropicalidade desta ilha. Há uma etiqueta numa estadia no Reid’s e não podia ser de outra maneira. A alma deste hotel é britânica.
Em 1836, William Reid chega à Madeira com 14 anos. O jovem escocês consegue trabalho numa padaria e com 25 anos tem já o seu próprio negócio ligado à exportação e importação de vinhos.
Casa, entretanto, com Margaret Dewey, dama de companhia de uma aristocrata inglesa que, na Madeira, encontra alternativa ao frio e chuvoso inverno inglês. Este tipo de viagem era já uma tendência, assistindo-se a um número crescente de viajantes do norte da Europa que passam pela ilha em estadias de vários meses em quintas arrendadas.
O casal Reid entra neste negócio com a inovação de oferecer serviço de hóspedes (até então, os viajantes traziam o seu próprio staff e, não raras vezes, mobiliário) e na década de 1850 compra uma quinta, que transforma no seu primeiro hotel (o primeiro de vários) – Royal Edinburgh Hotel (apadrinhado pelo Duque de Edimburgo, filho da Rainha Vitória).
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